Até há um par de semanas, uma das teorias mais difundidas pela net fora a propósito da Guerra dos Tronos, remetia-nos para as “três cabeças do dragão” e de como estes tomariam Westeros pelo sangue e pelo fogo. Sabíamos, até, quem os comandaria: Daenerys Targaryen, Jon Snow (um potencial Targaryen, agora confirmado) e Tyrion Lannister (que seria também um bastardo Targaryen). Com a morte e captura de um dos dragões (Viserion) pelo Rei da Noite, a teoria caiu por terra. Sem o trio de dragões deixa de fazer sentido o trio de heróis. E agora?
Ocorreu-me que a resposta sempre esteve debaixo do nosso nariz. Sete reinos, sete deuses: sete heróis. O número repete-se uma e outra vez, umas vezes de forma explicita, outras de forma mais dissimulada, mas se o procurarmos ele está lá.


E se, para derrotar o Rei da Noite, forem necessárias manifestações humanas das formas divinas dos Sete? Quem seriam eles?
O Pai é retratado como o juiz divino, aquele que protege os seus filhos, o justo.
De entre o grupo de sobreviventes parece-me que o Jon Snow (ou Aegon Targaryen, sexto do seu nome) é aquele cuja personalidade mais se lhe adequa.
A Mãe é misericordiosa, protetora dos seus filhos, dadora de vida e de amor.
Apesar de a Daenerys não ser propriamente conhecida pelos seus atos de misericórdia, é aquela a quem a personagem melhor encaixa. Quanto mais não seja porque os seus seguidores já lhe chamam Mhysa (mãe).
O Guerreiro representa a força e a coragem, seja no campo de batalha ou fora dele.
Embora esta descrição se pudesse aplicar a várias personagens, a mim parece-me que o Jaime Lannister é quem melhor o representa.
O Ferreiro é reconhecido como criador e engenhoso, é aquele que endireita o que perdeu o seu rumo ou lugar.
Aqui surgem-me duas hipóteses: ou seguimos a resposta óbvia e o Ferreiro será o Gendry, bastardo do Robert Baratheon (que fez um reaparecimento estratégico), ou será Tyrion Lannister que é reconhecido como o melhor estratega e conselheiro de Westeros.
A Donzela retrata a pureza, o amor e a beleza.
Não é uma escolha fácil, mas a Sansa foi o arquétipo da inocência durante grande parte da história.
O Velho é um guia e representa a sabedoria. Mais uma escolha difícil.
Será o Bran? Ou o Samwell Tarly?
O Estranho não é um homem nem uma mulher, é um excluído, representa a morte e o desconhecido.
Estamos a descrever a Arya, não é?
E se forem estes os “comandantes” do exército exército dos vivos contra o exército das trevas? Seriam estas as vossas escolhas? E se todos eles tiverem que se sacrificar?
